As tensões na Europa estão em um ponto de ebulição, com autoridades alertando para a necessidade de preparação diante de um possível conflito. Este cenário se intensificou especialmente após a escalada da guerra na Ucrânia, com países como Espanha e Alemanha observando um crescente interesse da população por bunkers e abrigos de emergência. Além disso, os governos nórdicos estão emitindo orientações sobre como agir diante de possíveis ataques, refletindo uma preocupação palpável em relação à segurança da região.

No dia 25 de novembro, um oficial da Otan fez uma declaração em que encorajou as empresas europeias a se адаптаrem para um possível cenário de guerra, enfatizando a importância de garantir a entrega de serviços e bens cruciais para evitar vulnerabilidades a países como Rússia e China. O presidente do comitê militar da Otan, almirante Rob Bauer, destacou que enquanto os militares vencem batalhas, são as economias que realmente vencem guerras.

A preocupação com um conflito expandido foi acentuada por ameaças proferidas pelo presidente russo, Vladimir Putin, a países que prestam suporte à Ucrânia. A retórica de Putin, que incluiu ameaças diretas a países ocidentais, elevou o nível de ansiedade entre os líderes europeus.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, foi enfático ao afirmar que a invasão da Ucrânia pela Rússia representa uma ameaça "séria e real" de um conflito global, refletindo um sentimento de urgência crescente no continente. Em momentos de crise, o papel do exército britânico também foi reafirmado por seu vice-chefe do Estado-Maior, que garantiu que as forças britânicas estão prontas para agir.

Analisando a situação, o embaixador da Ucrânia no Reino Unido foi ainda mais dramático ao sugerir que a Terceira Guerra Mundial já estaria em curso, com a Rússia recebendo apoio de nações como China, Irã e Coreia do Norte.

O pânico se espalha, com países nórdicos publicando panfletos atualizados sobre "preparação para crises e conflitos", e um aumento substancial na demanda por abrigos antibomba, especialmente na Espanha. Os relatos de empresas especializadas na construção de bunkers revelam uma triplicação na demanda por esses serviços, indicando um aumento no temor da população. As autoridades alemãs também estão sustentável um novo levantamento de abrigos, enquanto incentivam a população a adaptar seus lares como espaços de segurança.

Richard Caplan, professor da Universidade de Oxford, opina que os preparativos para o conflito são justificáveis, ressaltando que a situação atual é um risco plausível que advém da história recente da Europa.

Neste turbilhão de tensões e preparações, as preocupações com a segurança na Europa não são infundadas. Os conflitos passados e o medo de uma repetição histórica são fatores que geram reações mais intensas da população e dos governos. A Europa, uma vez mais, encontra-se à beira de um precipício, com o futuro indefinido diante de possibilidades sombrias de guerra em escala global.