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Os jovens estão em maior risco de morte por calor extremo do que os idosos

Estudo mostra que as mortes por calor podem aumentar 32% entre pessoas com menos de 35 anos até 2100.

Estudo mostra que as mortes por calor podem aumentar 32% entre pessoas com menos de 35 anos até 2100.

Os jovens estão em maior risco de morte por calor extremo do que os idosos

F. Schubert

F. Schubert

A humanist first, passionate about human interactions, AI, Space, Human Life and a DJ. 20 year experienced in Team Management in BBAS3 and also founder of Estudio1514.com. São Paulo, Brazil based.

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Um estudo indica que até o final do século, o risco de morte por calor extremo mudará do grupo de idosos para os jovens, com aumento nas mortes entre pessoas com menos de 35 anos, e 32% a mais até 2100, conforme a temperatura global média sobe em pelo menos 2,8ºC. Dados do México mostram que entre 1998 e 2019, três em cada quatro mortes relacionadas ao calor ocorreram em jovens, enquanto a mortalidade por frio aumentou entre idosos. Fatores socioeconômicos influencia a exposição dos jovens ao calor.

Summary

Um estudo recente destaca uma mudança alarmante nas estatísticas de mortalidade relacionadas ao calor extremo. Até o final deste século, as mortes atribuídas ao calor podem se tornar uma preocupação maior para os jovens do que para os mais velhos. Esse fenômeno está intimamente ligado ao aumento da temperatura global, prevista para superá 2,8ºC em relação aos níveis pré-industriais, como indicado pelas recentes pesquisas publicadas na revista Science Advances.

O contexto da pesquisa

Entre 1998 e 2019, no México, os dados revelaram um padrão perturbador: três em cada quatro mortes relacionadas ao calor afetaram a população com menos de 35 anos. Essa informação serve como um ponto de partida para compreender a relação entre o aquecimento global e sua saúde pública, uma vez que a maioria das mortalidades relacionadas ao frio foi registrada entre os mais velhos. Neste século, espera-se que as mortes por calor aumentem em 32% entre os jovens, enquanto as taxas de mortalidade nos idosos provavelmente diminuirão. Essa discrepância simbólica levanta questões cruciais sobre as desigualdades sociais e econômicas que cercam a exposição ao calor.

Fatores socioeconômicos em jogo

A explicação para esta mudança reside em fatores sociais e comportamentais. Os jovens tendem a ter estilos de vida mais ativos e frequentemente trabalham ao ar livre, expondo-se a temperaturas extremas de forma mais intensa do que os idosos, que geralmente permanecem em ambientes controlados. Andrew Wilson, chefe da pesquisa, sugere que "condições de vida e trabalho dos mais jovens os tornam mais suscetíveis ao calor." Influências como a urbanização e a pobreza também podem agravar essa situação, resultando em condições em que a exposição a climas extremos torna-se inevitável.

O impacto das mudanças climáticas

À medida que os efeitos das mudanças climáticas se intensificam, a mortalidade relacionada ao calor ganha novos contornos. O aumento das temperaturas e a elevação das emissões de carbono nos últimos anos têm exacerbado as condições laborais para os jovens, em contraste com o cenário de diminuição das mortes por frio entre os mais velhos. Os dados sugerem que, à medida que o clima se aquece, os custos sociais das mudanças climáticas se tornam mais evidentes, afetando desproporcionalmente os jovens.

Limites de temperatura e riscos à saúde

A pesquisa também traz à luz um aspecto técnico sobre como o estresse térmico é medido. A literatura científica tradicional estabelece um limite de 35ºC de bulbo úmido como o ponto de risco elevado para a mortalidade. Contudo, na prática, muitas vezes esse limite é alcançado em condições de trabalho reais. Wilson aponta que muitas vezes, mesmo a 25ºC, a mortalidade já é significativa, levando a um alerta sobre a insuficiência das medições tradicionais. Isso nos leva a questionar a eficácia dos métodos usados para avaliar o risco ambiental à saúde pública.

Previsões futuras e desigualdades globais

Embora o estudo tenha focado nos dados mexicanos, suas implicações podem ressoar globalmente. A mortalidade por calor extremo não é apenas uma questão de saúde pública, mas sim um reflexo das desigualdades globais. Espera-se que a maioria das mortes adicionais por calor ocorram em países de renda baixa e média, exacerba a luta já existente contra as desigualdades. Em contraste, as nações desenvolvidas, como na Europa e na América do Norte, devem experimentar uma redução nas mortes por frio. Essa disparidade é um claro indicativo de como as mudanças climáticas impactam desigualmente as diferentes camadas sociais e econômicas.

As soluções possíveis

Diante desse cenário, a questão que se impõe é: o que podemos fazer para mitigar esses efeitos devastadores?

  • Políticas Públicas: Implementação de políticas que levem em conta o aumento das temperaturas e a necessidade de proteção da população vulnerável, especialmente os jovens.

  • Educação e Conscientização: Promover campanhas de conscientização sobre os riscos do calor extremo e os cuidados a serem tomados ao se expor ao sol durante atividades externas.

  • Melhorias na Infraestrutura: Investir em espaços públicos com sombra e áreas refrigeradas durante os meses mais quentes.

Estas ações podem não eliminar o risco, mas certamente podem ajudar a proteger a saúde dos jovens em face de um mundo em aquecimento.

Fonte

UOL

Tags

mudanças climáticas, saúde pública, mortalidade, risco juvenil, aquecimento global, desigualdade social

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