Modelos de IA: O Colapso Ao Treinar com Dados Recursivamente Generados
Pesquisadores alertam sobre os riscos do treinamento de LLMs com textos gerados por si próprios.

Modelos de IA sob Ameaça: O Colapso ao Usar Dados Recursivos
O artigo discute o colapso dos modelos de linguagem de inteligência artificial (LLMs) quando treinados com dados gerados por versões anteriores, indicando que essa prática pode degradar a qualidade e a eficácia dos resultados gerados. Aborda a complexidade do treinamento de LLMs, o fenômeno do colapso do modelo, suas implicações na distribuição de dados ao longo do tempo, e a importância de acessar dados originais.
Summary
O desenvolvimento dos LLMs tem se tornado um tema de crescente importância no contexto da inteligência artificial. Estes modelos de linguagem de grande escala, como o GPT-3, são produtos de um processo de treinamento que exige quantidades massivas de dados. Muitos não percebem que a natureza desses dados pode influenciar significativamente o desempenho e a qualidade dos modelos resultantes. Este artigo analisa um fenômeno intrigante que ocorre quando esses modelos são treinados com textos gerados por suas próprias versões anteriores.
A criação de LLMs é intrinsecamente complexa e depende de grandes quantidades de dados de treinamento. De fato, muitos dos modelos atualmente disponíveis foram alimentados predominantemente com texto gerado por humanos. Isso, porém, está mudando. À medida que mais modelos futuros forem desenvolvidos, a dependência de dados extraídos da internet pode levar a um ciclo de aprendizado vicioso. Como o treinamento desses modelos se baseará em dados produzidos por seus antecessores, é vital investigar o que ocorre quando o texto produzido por uma versão do GPT constitui a maioria do conjunto de treinamento dos modelos subsequentes.
Pesquisadores descobriram que o aprendizado indiscriminado com dados gerados por outros modelos resulta no que se chama de 'colapso do modelo'. Este é um processo degenerativo onde, ao longo do tempo, os modelos começam a esquecer a verdadeira distribuição dos dados subjacentes, mesmo quando não há alteração na distribuição ao longo do tempo. O fenômeno é preocupante pois pode deteriorar a capacidade dos modelos de produzir resultados coerentes e relevantes.
A literatura fornece exemplos de como o colapso do modelo se manifesta em diferentes tipos de algoritmos, incluindo GMMs (Modelos Mistos Gaussianos), VAEs (Autoencoders Variacionais) e, naturalmente, LLMs. A observação deste fenômeno é fundamental para entender as limitações e os perigos potencialmente inerentes ao uso de LLMs em larga escala.
Com o passar do tempo, observa-se que os modelos começam a perder informações sobre a distribuição verdadeira dos dados. Este processo se inicia com o desaparecimento das caudas da distribuição e a convergência dos comportamentos aprendidos em um ponto estimado que apresenta variação muito reduzida. Essa perda de diversidade informativa é alarmante, indicando que esses modelos estão se tornando menos efetivos na geração de respostas que refletem a complexidade do mundo real.
De acordo com as pesquisas, o colapso do modelo é um fenômeno inevitável, mesmo sob condições quase ideais para o aprendizado de longo prazo. Isso significa que mesmo na ausência de erro de estimação de função, os modelos estão destinados a esquecer dados importantes, essencialmente reduzindo a eficácia do aprendizado ao longo do tempo.
Um aspecto crítico que emerge desta discussão é a necessidade de acesso à distribuição original dos dados. Em tarefas de aprendizado onde as caudas da distribuição subjacente são significativas, o acesso a dados gerados por humanos reais se torna não apenas um privilégio, mas uma necessidade. Sem esse acesso, os modelos tendem a falhar em capturar a complexidade necessária para representar interações humanas.
Além do mais, o uso massivo de LLMs para a geração e publicação de conteúdo na internet pode, de fato, comprometer a qualidade dos dados usados para treinar as versões futuras desses modelos. À medida que os dados coletados geram mais dados que, por sua vez, são reutilizados, existe o risco de que a originalidade e a autenticidade do material se percam, criando um ciclo vicioso de deterioração da qualidade.
Diante de tais considerações, é vital que pesquisadores e desenvolvedores abordem a formação de modelos de linguagem com uma nova perspectiva. O colapso do modelo em questão não é apenas uma questão técnica; é uma questão que merece discussões éticas e filosóficas mais amplas, especialmente considerando o impacto da inteligência artificial nas interações diárias da sociedade.
Portanto, a necessidade de pesquisa e investigação contínuas é crucial para evitar que a história do desenvolvimento dos LLMs se transforme em uma narrativa de desilusão e repetição.
O colapso do modelo refere-se a um fenômeno onde modelos de linguagem perdem informações sobre a verdadeira distribuição de dados ao longo do tempo, levando a uma redução na diversidade de resposta.
Dados humanos originais são necessários para garantir que os modelos capturem a complexidade e a diversidade das interações humanas, fundamentais para resultados relevantes.
A chave é assegurar um acesso contínuo e diversificado aos dados originais produzidos por humanos, combinando esse conhecimento com práticas de treinamento mais rigorosas.
O colapso reduz a capacidade dos modelos de gerar respostas coerentes e precisas, comprometendo sua robustez e utilidade.
Investir na investigação sobre o colapso do modelo e suas consequências é essencial a fim de promover um desenvolvimento saudável e sustentável para a inteligência artificial.


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