A grande migração: usuários deixam o X e buscam refúgio na Bluesky
Com mais de 1 milhão de novos usuários, a Bluesky se destaca como uma alternativa à desinformação e à falta de controle no X.

A grande migração: usuários deixam o X e buscam refúgio na Bluesky
A Bluesky tem se tornado uma alternativa crescente ao X de Elon Musk, com mais de 1 milhão de novos usuários se juntando à plataforma devido a preocupações com desinformação e questões de moderamento no X.
Summary
A grande fuga do X está em andamento. Desde as eleições nos Estados Unidos, mais de 1 milhão de novos usuários se juntaram à plataforma de mídia social Bluesky.
Muitos buscam escapar do X de Elon Musk, em meio a alertas de grupos de combate ao discurso de ódio e da União Europeia sobre desinformação e extremismo na plataforma.
Bluesky é uma plataforma de mídia social onde as pessoas podem interagir da mesma forma que fazem no X, postando, respondendo e enviando mensagens umas às outras em uma interface de usuário vertical.
O recente influxo de novos usuários, em sua maioria da América do Norte e do Reino Unido, ajudou a Bluesky a atingir mais de 15 milhões de usuários em todo o mundo, subindo de 9 milhões em setembro, segundo informou a empresa.
A Bluesky começou como um projeto dentro do Twitter, depois que seu CEO, Jack Dorsey, anunciou em 2019 que a empresa financiaria desenvolvedores para criar um "padrão aberto e descentralizado para redes sociais". Em 2021, a Bluesky tornou-se uma companhia independente e é atualmente predominantemente de propriedade de seu CEO, Jay Graber.
A Bluesky oferece aos usuários a chance de moderar mais sua experiência. Isso inclui a capacidade de selecionar o algoritmo que determina o que você vê, ajudando a criar feeds personalizados, como um feed apenas para seguidores mútuos ou um feed de fotos de gatos.
Além disso, a Bluesky permite que os usuários tenham endereços de site como seus nomes de usuário, o que pode atuar como uma ferramenta de verificação para jornalistas, atletas e figuras públicas que possam ter o website de uma empresa no seu nome de usuário.
Enquanto o X parece desregular a experiência do usuário — recentemente alterou sua função de bloqueio para permitir que usuários vejam as postagens de contas públicas que os bloquearam — a Bluesky destaca seus recursos de "anti-toxicidade". Isso inclui permitir que os usuários desvinculem uma postagem original deles de uma citação de outra pessoa, impedindo interações indesejadas.
A plataforma se já beneficiou de uma insatisfação anterior com o X e seu proprietário bilionário, Elon Musk, que está intimamente ligado à campanha de sucesso para a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A Bluesky relatou um acréscimo de 3 milhões de novos usuários na semana após a suspensão do X no Brasil em setembro e mais 1,2 milhão nos dois dias seguintes à decisão do X de permitir que usuários vissem postagens de pessoas que os bloquearam.
Além disso, usuários do X relataram um aumento de bots, tornando o site difícil de usar.
Vários membros do Parlamento já fizeram a migração, incluindo a ministra de proteção, Jess Phillips, a porta-voz de tecnologia dos Liberal Democrats, Layla Moran, e a trabalhista Diane Abbott da Inlgaterra.
A atriz americana Jamie Lee Curtis foi objetiva e clara sobre sua decisão de deixar o X, confirmando a desativação de sua conta em uma postagem no Instagram.
Outras figuras públicas na rede incluem o apresentador de TV e naturalista Chris Packham, o comediante Dara Ó Briain e Susie Dent, do programa Countdown.
À medida que mais usuários fogem de plataformas conhecidas como o X pela sua falta de controle sobre o que é divulgado, o futuro da Bluesky aparece repleto de oportunidades. A demanda por um ambiente digital mais controlado e seguro pode fomentar o crescimento dessa plataforma inexplorada.
O Impacto da Desinformação
A desinformação tem sido um tópico central em debates sobre redes sociais: o controle de conteúdo e a mitigação de discursos de ódio são prioritários. As mudanças nas funcionalidades do X trazem à luz a necessidade de alternativas.
Com seu serviço de moderação controlada, a Bluesky pode não apenas atrair mais usuários, mas também garantir um espaço mais adequado para discussões construtivas e interações saudáveis.
A insatisfação com o X não é exclusiva de usuários comuns, mas também abrange uma variedade de figuras públicas. O desconforto com o ambiente de comunicação que permite comportamento agressivo e ataques pessoais tem levado celebridades e influenciadores a buscar alternativas.
Diante das recentes controvérsias, incluindo a política de bloqueio do X e o aumento da atividade de bots, muitos usuários iniciaram discussões sobre a necessidade de um espaço onde a autenticidade e o respeito sejam prioridade.
A mudança de usuários ativos para a Bluesky representa não apenas um movimento em busca de um espaço online saudável, mas também um chamado à ação para outras plataformas que precisam se adaptar às demandas do público atual. A possibilidade de personalização e controle das interações pode ser a chave para criar um ambiente digital mais positivo.
A Bluesky permite que os usuários personalizem o que veem através da escolha de algoritmos e feeds específicos, além de ter um foco forte em moderação e controle de conteúdo.
Muitos usuários compartilham suas frustrações em outras plataformas ou diretamente nas redes sociais, buscando um espaço onde seu ponto de vista seja respeitado e onde a conversa possa fluir livre de trolls e bots.
Ao observar a migração maciça de usuários do X para a Bluesky, fica evidente que a busca por um espaço digital mais seguro e autêntico é uma prioridade crescente. As plataformas precisam ouvir e se adaptar às necessidades de seus usuários. A Bluesky pode ser o exemplo que mostra que a mudança é possível e desejada, trazendo esperança para um futuro digital mais respeitável e controlado.a


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